segunda-feira, 3 de junho de 2013

UNIVERSO AO MEU REDOR



Meu mundo gravita
Em torno da torre e do sino
Minha orbita passa
Pela praça Ana Angélica.
Você, meu sol, nunca aparece
E meu finito universo
Fica inacessível como miragem.
É meu pesadelo o destino
De uma constelação sem sol ou luar
Meu mundo nunca muda
Sempre fica como um dia
Que entristece
Numa musica sem som sem verso

Meu mundo gravita
Em busca da orbita necessária
Para ser banhado por um sol
Que seja a sua semelhante imagem

Meu mundo é um pária
Sem destino
Sem samba
Sem futebol.

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