terça-feira, 18 de junho de 2013

JANELAS


Sempre que abro a janela
A infância invade-me
Na peraltice
Do menino sem camisa e descalço.

A criança ocupa todo o espaço
Que há em meu peito
E num passe de mágica
O céu se colore de pipas
E não há mais arranha-céus.

Um campo aberto
se escancara
frente a minha visão
de felicidade

e há liberdade
tudo que vier à mente
brinquedos de pau e pedra
autoestradas nos barrancos
animais de barros
e sonhar
infinitamente sonhar.

É tarde
É preciso a janela fechar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário