segunda-feira, 21 de setembro de 2015

UM PRIMEIRO ELOGIO



Não tenho tempo para sorrir.
A solidão dos meus dias
Emenda-se na noite silenciosa.
Nenhuma voz escuto no quarto fechado
Em que me canso da insônia imperturbável
Só o fantasma do câncer eminente
Vem perturbar os sonhos que nunca tenho
Se olho o infinito
Não vejo além que minúsculos horizontes
E meu olhar tem tanta necessidade de liberdade
Que não sei mais que atalhos explorar.
Se calmo ou desesperado, não sei,
Mas espero consciente
Que as horas passam
Que os dias passam
Que o ano talvez passe
Sabendo que tudo foi em vão.
A Dama desejada do descanso
Espreita-me sem vacilar
Para quando eu estiver desejando viver

Minha insignificante chama de luz apagar.

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