Para o homem comum
A vida é uma correria
Que só na morte tem fim
Não há momento algum
De suprema e infinita alegria
Que faça dos espinhos jardim.
Corre sem parar todo dia
Para receber ordens do patrão
Sem nunca ter conhecido
As ordens do coração.
E no fim do mês
Com cara de otário
Recebe o minguado salário
Que mal dar para se sustentar.
Nos dias santos corre
À Catedral da Sé
Com hora marcada
Para professar sua fé
Nas mentiras que o padre prega.
E não há Deus que o salve
Das desventuras do mundo.
O mundo mata os quereres
De quem o habita com razão
Homens, animais , outros seres
Nas bocas que dizem sim ou não.
Só sonhos e nenhuma realidade
Só falsidade, nenhuma verdade
Ninguém descruza os braços
Para que todo o mal
Vá para os espaços.
Nenhum comentário:
Postar um comentário