domingo, 13 de setembro de 2015

... E SÃO APENAS SONHOS


Meus sonhos
desenterram passados.
Em Nicolau me vejo
em carne e ossos
como um velho desejo
nos campos correndo
e cada pedaço de terra
reconhecendo.
Os animais são os mesmos
- os sonhos não conhecem o tempo –
o burro Maquinista
teimoso como ele só.
Branquinha, minha cabrita,
por onça devorada
no dia do parto.
Mimosa, a vaca leiteira,
das manhãs ensolaradas.
Paisagens tantas
sonhos e aventuras.
Eu novamente percorrendo
cada pedaço da infância
nesta terra de abundância
que me viu nascer.
Eu e ela se reconhecendo
mutuamente.
Tantos sonhos e planos
por estas terras enterrados.
E quanto até hoje
carrego em meu peito ?
- Não sei !!!
Repito cada travessura
do menino
e apesar das mudanças
ainda vejo tudo como antes.
E o sonho avança
trazendo-me seus horizontes.
Quando acordo
duas lágrimas estão

atrapalhando minha visão.

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