sábado, 25 de abril de 2015

DESAFINADO


Tenho mil cantigas em minhas mãos
Em cada dedo centenas de palavras
Em cada gesto perdidas ilusões
Desejo de ouro encontrar nestas lavras.

Tenho mil cantigas em minhas mãos
Em cada palavra décadas de sonho
Em cada dormir um comum acordar
Sem realizar os quereres que proponho.

Tudo que digo são verdades em parte
A traduzir-me de corpo e alma.
As mil cantigas que trago nas mãos
São sempre cantadas pela metade

( perdão pela minha falta de fé e coragem.
Devia eu cantar de todo coração
Mas não passa de ingênua miragem

As cantigas no deserto de minhas mãos.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário