Vem de longe o cheiro do amanhã,
pedra sobre pedra tudo desmorona.
Um sentimento de árido deserto completa
o ardil que o lança toda manhã
sem rosto, sem corpo, sem presente
apenas um misto de passado e morte.
O velho desejo em nada exercita a sorte,
em nada modifica o fechado semblante.
Estar só, completamente só.
Nenhum som, nenhuma palavra,
apenas a sina infame de Jó.
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