terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

SENHOR DA VIDA




O tempo se foi
E não há mais esperança para meu olhar
Envelheci!
A velhice poda todas as raízes
Sem dó nem piedade
Dos sonhos dantes tão bem cultivados
Que vão secando
E ficando pelos caminhos
Não há mais terra, água, adubo
Que possa revivê-los
Agora tudo se resume numa espera
Tão longa e tão devastadora
Que faz a vida ir murchando...
Murchando... murchando...
Até que um dia
A gente açoda-se para um nada

E o tempo não tem mais razão de ser.

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