Na
cidadezinha a rua
Passeia
calma pelo dia
Enquanto
as janelas veem
A
vida passar
Numa
palidez de inacabável inverno
Raros
são os sorrisos
Os
abraços
As
declarações de amor
Rostos
gastos
E
impassíveis
Espelhando
as centenárias pedras
Que
cobrem as calçadas
Comungam
a mesma lentidão
Dos
gestos e no agir
E
as noites
Mais
adormecidas
Que
no restante do mundo
Nos
levam a crer
Que
todos somos divinamente eternos
E
não infinitamente finitos
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