para José Anastácio de Assis
Só os velhos exploram
tuas casas
agora
o tempo passa
lentamente
nos bancos da
Praça Ana Angélica
entre jogos e
conversas
habitam o
silêncio e a paz
em cada esquina
abandonada
de tuas ruas
hospitaleiras
desapropriadas
de tuas pedras centenárias.
O velho
Piracicaba
não é mais o
mesmo rio vivo
que Antônio
Dias de Oliveira desbravou
em busca de
riquezas e fama
adormecendo
eternamente
em tuas
margens.
Já não dizem
nada as imagens
pintadas no
teto da Igreja de Nossa Senhora de
Nazaré
onde a solidão
estendeu teu domínio.
Os jovens te
abandonaram
em busca de
sobrevivência
deixando-te
morrer
em lamentos ao
progresso
que nunca
lembrou deste recanto das Gerais.
Somente na
mente do poeta
vives ainda
teus dias de festa.
Esse poeta que
deseja envelhecer
em teus becos e
abraços
e
em tuas serras adormecer
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