sábado, 15 de agosto de 2015

CANTO TRISTE


                        para José Pedro de Assis

Não é meu desejo cantar o lado negro da vida...
Quero combinar meu canto com alegria e dança.
Lanço sementes na terra, alimento-me de
                                                    esperança,
sobrevivo gritando em cada degrau que é a subida ou a 
                   d
                     e
                       s
                          c
                            i
                             d
                               a
deste planeta decepado pelo homem.
Não sou de terra e fogo e água e ar.
Sou de ferro puro, nasci no Vale do Aço !
Mas meu coração, humano, desde cedo aprendeu
                                                          a amar.
 Não sei ficar calado, amordaçado
diante do sonho lennoniano derrotado.


Sou o eterno ponto de interrogação
que a humanidade não consegue responder:
          quem sou ?



de onde venho ?  para onde vou ?
Trago no rosto a velha máscara de palhaço
para falar sério e fazer a verdade reaparecer:
nunca fui mesmo de sorrisos !
nunca fui mesmo de lágrimas !


Não , não posso cantar só flores .
Quem me dera poder !
Quem me dera fosse o mundo transparente em
                            cores , em eterna primavera.
Não existiria o motivo envelhecido, embriagado
deste canto triste

inacabado...

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