sábado, 9 de agosto de 2014

MIRAGEM

     

    I


Os sonhos presos às mãos.
O contorno do seu corpo
rimando minha solidão.

O silêncio do olhar
derramando lágrimas
meu sofrido coração.

Não houve retorno à nossa casa !

Ficou sem poesia a vida
posteriormente à partida
que na realidade nunca existiu.

O sonhos presos à mãos ...


Você nem ao menos chegou.
    



    II



Inventei – te
mulher sagrada
amante amada
de solitária noites.

Inventei-te
em sonho e imagem
a percorrer em miragem
as pedras centenárias
de  Antônio Dias

Inventei-te
bela e formosa
miss universo
perfumes de rosa
em prosa e verso
silenciosos
por todo ano
passeamos
em Coronel Fabriciano

Inventei-te
mulher dos momentos
com todos os complementos
como sempre desejei
  

Inventei-te
mulher por dentro
e, especialmente, por fora
para as solitárias galerias
de Juiz de Fora


Inventei-te
mulher real dos meus sonhos
para sobreviver
no ontem, no hoje, no amanhã
no amor e no sofrer.





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