I
Os passos na
estrada
destino incerto
desenrolando
velhos novelos de lã.
A fala censurada
construindo
deserto
compartilhando
incertezas com amanhã.
O medo que a
palavra
não seja escutada
não fazendo o
futuro e sim um muro.
Lapidando
diamantes em velha lavra
a canção
encantada
vai ditando os
passos no escuro.
Os passos na
estrada
caminho incerto
destino de velhos
novelos de lã.
II
O sonho
desintegra o mundo.
Sonhar é assim
como sangrar,
morrer e viver,
Sonhar é deserto
e jardim
combinação de
enlouquecer.
O sonho nunca
revela
o mundo.
A beleza desejada
está sempre ao
lado
e nunca é
alcançada.
O sonho é desejo
e paixão
sem limite e sem
fim.
Os braços de quem
desejo
são apenas os
braços do sonho
nunca os braços
de quem abraço
e beijo.
O sonho reintegra
o mundo.
III
Se eu fechasse a
porta
para a saudade
não entrar
de nada
adiantaria:
meu coração não
importa
com o sofrer do
amar.
.....................................................................
Solitário vai,
noite e dia
percorrendo as
avenidas
desejoso em
destruir as ilusões
e encontrar vidas
não reconhecendo
minhas ações
no desejo de paz
e felicidade
.......................................................................
Mesmo que venha a
saudade
ele está sempre a
caminhar
seu destino é, na
verdade,
amar,
sofrer... sofrer, amar ...
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