É manhã. Fresca é
a brisa. Há certezas.
Os caminhos
salpicados de flores
tem variações de
belezas em delicados tons.
Há sempre
descobertas de novas cores.
As incontáveis
gargalhadas fazem os sons
que contagiam
montanhas, vales e redondezas.
Meio dia. Vem o
vento, muda a paisagem.
Os caminhos já
não tão belos e floridos
tem no horizonte
o objetivo a ser alcançado.
Há sorrisos. Os
tons não foram ainda perdidos.
Alguns espinhos
deixam o desejo disfarçado,
mas busca-se o
concreto, não apenas miragem
Anunciada a tarde
o vento sopra forte e violento
arranca as flores
que insistiam em sobreviver.
Poucos sorriso
ponteiam as curvas dos Caminhos.
Os tons já
desbotados nada têm a dizer
pois as cores se
foram ficando um labirinto de espinhos
mas os passos
ainda são firmes buscando o firmamento.
Chega a noite. É
tenebrosa a tempestade.
As flores
murchas há muito perderam os tons.
A boca desdentada
já esqueceu como sorrir.
Os lamentos
salpicados de dores fazem os sons
que anunciam a
ânsia interior de querer partir
para o infinito,
em busca de liberdade.
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