quinta-feira, 14 de agosto de 2014

CAMINHOS COMUNS


É manhã. Fresca é a brisa. Há certezas.
Os caminhos salpicados de flores
tem variações de belezas em delicados tons.
Há sempre descobertas de novas cores.
As incontáveis gargalhadas fazem os sons
que contagiam montanhas, vales e redondezas.
  
Meio dia. Vem o vento, muda a paisagem.
Os caminhos já não tão belos e floridos
tem no horizonte o objetivo a ser alcançado.
Há sorrisos. Os tons não foram ainda perdidos.
Alguns espinhos deixam o desejo disfarçado,
mas busca-se o concreto, não apenas miragem

Anunciada a tarde o vento sopra forte e  violento
arranca as flores que insistiam em sobreviver.
Poucos sorriso ponteiam as curvas dos Caminhos.
Os tons já desbotados nada têm a dizer
pois as cores se foram ficando um labirinto de espinhos
mas os passos ainda são firmes buscando o  firmamento.


 Chega a noite. É tenebrosa a tempestade.
As flores murchas  há muito perderam os tons.
A boca desdentada já esqueceu como sorrir.
Os lamentos salpicados de dores fazem os sons
que anunciam a ânsia interior de querer partir

para o infinito, em busca de liberdade.

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