quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

ENTRE GREGOS E TROIANOS


Os meus dias exalam negrumes
invernos e tempestades e nenhum lume.
Batalhas assim nem mesmo Ulisses enfrentou.


Vagando sob o peso das incertezas, combato
a realidade dos sonhos de paixão e amor.
A armadura de Artur já enferrujada
é meu escudo contra a vida.


Amor ! Uma palavra, nenhum sentido.


Tenho a alma de um ermitão
em meio a sorrisos festivos da multidão.
Descartar o peso das ilusões
é um trabalho para Hércules
e que nenhum mortal consegue realizar.


Na luta entre gregos e troianos
nunca consegui me adaptar.
Caminho, sem destino, sob o olhar dos anos.


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