quinta-feira, 9 de agosto de 2012

FRANCISCO


         

O condor voa alto
O teu céu a procurar
Sem pressa ou lamento
Mas teu céu onde está?
O teu céu se chama Rafhael
E está a velar
Tua imagem no papel

A primavera aí está
E o cravo certamente
Irá crescer, desabrochar
Alcançando novo horizonte
Para que ele possa num luar
Lá do alto admirar
Sempre velar, somente velar

E o sonho se desfaz
Numa inerte e fria lapide
Busca-se a paz
Que nem o tempo trará
Resta-nos, ainda que seja tarde,
O silêncio da lembrança
E o grito dolorido da não presença
O condor, ao ninho, não mais retornará.

em Outras Faces

Nenhum comentário:

Postar um comentário