não vou dizer mais nada!
que as palavras se calam
para sempre
esquecidas em meu bolso.
existe agora
a hora
que em cada segundo
é dor
e no lamento dos ponteiros
desconhece
a longa estrada à frente
ou a cama disponível da morte.
não tenho mais passos
somente espaços vazios
cães vadios
que não ladram para a lua.
só tenho a rua
e a esquina
que ao nada se destina.
em " no encontro das horas"
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