Tenho
palavras espalhadas
de
todas as cores
cor
do Pau Brasil
cana-de-açúcar
ouro
esmeraldas
café
num
fantástico balé
de
formas e flores
na
tentativa de formar uma raça
tenho
lágrimas derramadas
de
todas as dores
dor
de ser índio
negro
branco
cafuzo
mameluco
mulato
num
caldeirão de opressão
na
tentativa frustrada
de
formar uma nação.
Tenho
a luta espelhada
em
várias mãos
mãos
doadoras
de
vida e de esperança
nos
gestos eternos
de
Felipe dos Santos
Tiradentes
Frei
Caneca
Castro
Alves
Marighella
e
todos que dispersaram
o
nevoeiro escuro
na
certeza que um dia
haverá
um futuro
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