JANELAS
Sempre que abro a janela
A infância invade-me
Na peraltice
Do menino sem camisa e descalço.
A criança ocupa todo o espaço
Que há em meu peito
E num passe de mágica
O céu se colore de pipas
E não há mais arranha-céus.
Um campo aberto
se escancara
frente a minha visão
de felicidade
e há liberdade
tudo que vier à mente
brinquedos de pau e pedra
auto-estradas nos barrancos
animais de barros
e sonhar
infinitamente sonhar.
É tarde
É preciso a janela fechar.
EU
Eu copio-me
Noite
E sigo criando
Dias
Que não existem
Realidade ou sonho
Ninguém saberá
Responder
Nunca sei
me descrever
sombra
durante o dia
desfaço-me
á noite
para renascer
existo
sem nunca
ter sido
JANELAS
Sempre que abro a janela
A infância invade-me
Na peraltice
Do menino sem camisa e descalço.
A criança ocupa todo o espaço
Que há em meu peito
E num passe de mágica
O céu se colore de pipas
E não há mais arranha-céus.
Um campo aberto
se escancara
frente a minha visão
de felicidade
e há liberdade
tudo que vier à mente
brinquedos de pau e pedra
auto-estradas nos barrancos
animais de barros
e sonhar
infinitamente sonhar.
É tarde
É preciso a janela fechar.