I
Tudo
verde, a vida chegou !
Esperanças.
A liberdade dos horizontes
invadindo
as estradas. A escondida fonte
de
águas claras lavando toda dor.
Os
sonhos se banham no amanhecer
na
espera de um florido anoitecer.
II
Vim aqui fazer um universo
e
tudo acabou-se num verso.
III
Nunca consumir em chamas o mar !
Não
desejo o deserto. Quero
a
beleza da natureza a amar.
IV
Chamar
os sonhos de volta.
Recomeçar.
Não como uma revolta.
Reconstruir
a ruína tijolo por tijolo
usando
os versos como argamassa.
Os
sonhos não podem ser remendados,
não
são colchas de retalhos.
É
preciso descartar os pedaços
e
do chão, com o nada,
recomeçar
com fé a caminhada.
V
Vim aqui fazer um verso
e
refiz, no silêncio, meu universo.
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