Corro
o mar e velas afago
tentativas
de ser nunca um náufrago.
O
sal me leva à deriva.
Nado
! Nadador das horas,
nadador
de tempos esmos.
Quero
uma onda forte batendo
no
peito salgado da labuta.
Os
barcos velejam suas lutas,
pescam
seus dias
e
muitos, por acidente, deixam
escapar
a noite.
E as lágrimas das viúvas
enche
o mar.
O
barqueiro que fica
acalma
a ira do mar.
A
areia branca da praia
nunca
atende o chamado.
Um
pranto aberto na imensidão
das
águas.
Corro
o mar, em velas afago solidões.
Sem
pescado volta o barco vazio.
Foi
fisgado pelo mar
pescador.
Homens
pescando peixes,
mar
pescando homens.
E
a cortina desce na boca da noite.
Todo
mistério se esconde
nas
profundezas inexploradas.
Açoites
águas
salgadas e suas imensidões.
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