sexta-feira, 10 de outubro de 2014

ENTRE A VONTADE E A REALIDADE



Procurei  nas horas poesias
mas as horas desbotadas
não contém meus  dias.
Desenham no tempo suas noites.

Tenho solidão !
É meu eterno açoite.

Quero apenas
uma boca que duvide de minhas palavras
uma mão que lapide os carinhos de minhas lavras
uma presença que examine meu viver.

As estrelas de meu céu se apagaram
e a lua nunca chegou a brilhar.
Minha alma até hoje não sabe
o significado do sincero amar.

Tenho vontades e verdades.
Os versos são prisioneiros

de todas as realidades.

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