quinta-feira, 30 de outubro de 2014

ETERNAS VERDADES



O patrão
me explora
me consome
me suga
me oprime
me mata


O governo
me prende
me tortura
me cala
me maltrata
me destróe


A sociedade
me crítica
me ataca
me queima
me chateia
me aliena
me condena

me crucifica

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

AGRICULTOR BRASILEIRO



O agricultor limpa a terra
de sol a sol ele trabalha.
E depois espera a chuva,
a natureza, sempre amiga,
a chuva lhe envia.
O rosto torna-se todo alegria.
Ele vai semear a terra
novamente trabalhando de sol a sol.
Desde a semeadura até a frutificação,
capina várias vezes a plantação.
A natureza ajudou, a safra foi boa,
é hora da colheita.
é preciso levar toda família para ajudar.
O trabalho é muito e o sol queima,
a colheita é feita.
Ai chega o dono da terra,
que não trabalhou, não semeou,nada fez
e toma-lhe a safra.
A miséria e a fome continuam
rodando sua vida

como todos os anos.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

ADMIRÁVEL MUNDO NOVO


Quando o mundo um dia acordar
com todos os exércitos derrotados
com todas as igrejas destruídas
com todas as fabricas de armas 
                     desativadas
com o homem realmente sendo
                    valorizado
com todo o verde sendo conservado
com toda ganância desaparecida
com o lucro desprezado
com toda moeda totalmente
                    desvalorizada
e com todas leis rasgadas


nesse dia
o mundo realmente terá paz
as Palavras de Cristo serão ouvidas e
                              vividas
as guerras não mais serão declaradas
as greve não mais precisarão acontecer
não mais haverá morte por fome
a opressão será  fato de um passado
                          esquecido
e a terra será um único país
casa do homem novo

humanitário, socialista e feliz.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

CORRIDA



Multidões apressadas
passam pelas avenidas
das grandes cidades
vereda natural do destino.


Sempre em busca de algo a                                             
                 preencher
o vazio existente da vida
a busca de um ideal



E sem rumo elas vão
pelas avenidas sem fim
até que a vida diga não.


quarta-feira, 22 de outubro de 2014

ORAÇÃO DOS OPRIMIDOS


Senhor !
Sou mais um grito na multidão de desconhecidos       
            famintos , esquecidos destinados à morte.
Sou mais um submisso dos sistemas que tenta se
           se libertar e sente-se fraco diante do poder
                                                           econômico.
Sou mais um que grita sem ser escutado.
Sou mais um  entre tantos “mais um” que não sei
                                                        onde chegarei.
Serei uma verdade expressa no meio de mundo
                                                          de  mentiras?
Serei o sim que não aparece diante da enorme 
                                               quantidade de não ?
Quero ser um esperançoso, amaldiçoado  
              subversivo da podre ordem estabelecida.
E sei que continuarei a pregar aos homens  
                                                            desumanos:
ai daqueles que acreditam na direita capitalista
                                            ditatorial materialista,
ai daqueles que acreditam nos pseudo-socialistas
                       com suas aberrações personalistas.
A matéria é o antônimo infernal da humanidade.
Sou um oprimido terceiro mundista
e carrego no peito a sina desatina de republiqueta
                                             mendiga e faminta.
O mundo tem sido daqueles que prometem
e depois quebra a cobrança popular com tanques
                                                               de guerra.
Mas chegará o dia em que nestas terras

todo dominador terá seu fim em suas próprias
                                                                 armas.

Quem ver o deserto não conhece sua força
                                                             tamanha.
capaz de soterrar cidades, enterrar histórias    e
                                                            tradições.
É preciso entender que no pequeno grão de areia
                                         está toda glória do mar.
Ai daqueles que pensam fundar aqui seu império
        com súdito-escravo-explorado-massacrado
encarcerado vivo nas garras produtivas da 
                                                                  miséria.
Nem um exército de mil romas poder salvá-los.
Sei que o dia da redenção do mundo se aproxima.
Olhais a mão do irmão que pede um pedaço de
                                                                     pão.
Olhais os enganados por falsos profetas que  
                    vende a fé a dólares e a prestações.
Olhais a revolta dos mutilados, desempregados.
É preciso velar a aproximação da redenção    de
                                               toda raça humana.
A redenção dos loucos que pregam a igualdade
                      e são crucificados como bandidos.
A redenção do Pai.
A redenção do Filho.
A redenção do Espírito Santo.
A redenção do Irmão.
A redenção do Oprimidos.


AMÉM.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

ODE AO OPERÁRIO PADRÃO



Tens que sentir o suor pingar
 tens que sentir o sangue jorrar
na cortina de poeira e fumaça.
És mais que simples proletário,
és o atual escravo-operário,
espécie animal de numerosa raça
que produz, no mundo , as riquezas mil
desde o automóvel e o pão ao fuzil.



Tens que imitar o galo
e bem cedo madrugar
para que Deus possa ajudar
a conseguir lugar no lotação.
Beber o café frio pelo gargalho
da garrafa de coca cola
e comendo um adormecido e seco pão
pensar no filho que não tem escola
vendo-o transformar-se em operário.
Ou seria escravo alienado e otário ?
E para quê ele vai aprender
a ler, desenhar, escrever,
assinar direito o nome
se a fome o consome
e nem jornal ou livro
poderás, um dia, comprar ?



És operário padrão
assim esclarecido pelo patrão.
És operário padrão
sem pão na mesa ou na mão
com a saúde no chão.
És operário padrão
que faz a máquina funcionar,
os bens produzir
para apenas admirar
e nunca possuir.


És operário padrão
para obedecer ao patrão
ao sistema e ao governo,
votar na elite em toda eleição.
És operário padrão
para obedecer cegamente e confiante
pois sabes que o horizonte
para ti não existe.

Viver é apenas desejo eterno.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

AMÉRICA LATINA




 Nós
povos da América Latina
desde o início fomos vencidos
e até hoje continuamos vendidos.
Saquearam-nos !
Rapinaram nossos tesouros,
porcos sanguinários
com sede de ouro.
Selvagemente roubaram
nossa maior jazida:
nossa própria vida.
Hoje somos apenas
um grito sufocado
que há muito tempo
deixou de ser escutado.


domingo, 19 de outubro de 2014

A FAR$A DA HISTÓRIA



Foi sempre a mentira
a verdade da história.
Eterna farsa dos governantes
reescrita a cada dia.
Nunca floriu a primavera
no jardim dos valentes.


Assim foi, assim será !
Ninguém contesta os fortes,
poderosas armas ditam as leis.
O resto se inventará
escondendo, outra vez,
dos sonhadores os horizontes.


Tamanha farsa absurda,
isoladamente contestada.
Eles ditam a miséria,
disfarçando a matéria.
Nas letras da ilusão
alimentam a opressão.


A farsa mais perfeita
com o tempo a passar.
Os dentes caninos da direita
liberdade e igualdade a mastigar.
Cada vez maior a ferida

destruindo em tudo a vida

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

A VOZ DA UNIDADE




A voz que clama por liberdade
é a mesma que grita contra o capitalismo
é a mesma que pede igualdade
é a mesma a que prega o socialismo



É a voz dos povos oprimidos
seres humanos tratados como animais.                                                
Lutam firmes as lutas dos benditos,
sofrem derrotas, mas não se
                            desesperam... Jamais


terça-feira, 14 de outubro de 2014

PESSIMISMO



Não sei por quanto tempo
durará
este temporal
a despejar
a desejar
notícias ruins
sobre mim.


Se hoje faz frio
jaz frio
me esfrio
és frio
o olhar
de quem quer
sabe lá
se acabar
me acabar.



Me sinto inteiro
na lama
afundando
como se o tempo
me olhasse
e devorasse
minha vida
e minha alma
auto consumisse


Viro a página
e encontro
a mesma escrita
a mesma história
o mesmo fim
de minha existência
que se finda

que se finda...

domingo, 12 de outubro de 2014

FILOSOFIA ESOTÉRICA


    I
Minha existência vagueia na vida
aprendi a conviver com a escuridão do vazio.
É vago e misterioso o meu espírito agora
como  foi  meu corpo físico outrora.
Hoje reconheço toda geografia de mim mesmo:
os rios de minhas veias estão sempre poluídos
o verde de minha vida está sempre ameaçado
todo o solo tão destruído pelas erosões.
O que resta da vida é uma pequena parte de tudo.
No momento aprendi  a conviver com o deserto seco e morto.
Somente meu espírito sonhador tem vida
colhida nos desatinos ao longo dos anos.
Estou vivo por dentro e morto por fora.


    II
Colhi nas estrelas meu alimento matinal.
O céu é meu campo cultivado onde mato a fome e a sede.
A terra se tornou passado e nela sou viajante estranho.
Tenho o poder dos homens livres
que nenhuma ideologia consegue aprisionar.
Minha filosofia é o sol  e a lua, a imensidão do infinito azul.
Que ilusão pode existir para quem enfrentou o espaço ?
Venci a vida e a morte

e me eternizei no pensamento dos deuses.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

ENTRE A VONTADE E A REALIDADE



Procurei  nas horas poesias
mas as horas desbotadas
não contém meus  dias.
Desenham no tempo suas noites.

Tenho solidão !
É meu eterno açoite.

Quero apenas
uma boca que duvide de minhas palavras
uma mão que lapide os carinhos de minhas lavras
uma presença que examine meu viver.

As estrelas de meu céu se apagaram
e a lua nunca chegou a brilhar.
Minha alma até hoje não sabe
o significado do sincero amar.

Tenho vontades e verdades.
Os versos são prisioneiros

de todas as realidades.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

ENTRE FOGO E ESTRELAS



Velejando os céus
fui ao teu encontro,
deslumbrado,
buscando o paraíso.


És um anjo e assim me recebeste,
ainda anjo me abandonaste.
Me encontrei perdido no espaço.


Procurei nas estrela  e planetas
em lugar algum te encontrei.
Desesperado e na saudade,

no inferno aportei.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

O EU DESPIDO


Sou mais que um simples grito
na solidão. Não o vazio do deserto
sem oásis, mas  a verdade da cama
nua, sem a presença de quem se ama.

Sou mais que o sol na noite
escura e a lua no claro do dia.
Um pedido de socorro no açoite,
nos ossos do ofício da rebeldia.

Sou o pássaro vivo vivendo
o presente. Chama incendiando
corpo e alma. No fogo se consumindo
de amor, vou nas horas mendigando.

Sou tudo isto na fonte declarada.

Água poluída que desce o precipício 

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

VIAGENS FATAIS




Desço ao inferno.
É inverno
onde busco a razão.


Recolho meus restos,
meus manifestos
pedaços do meu coração.


Percorro desconhecidos caminhos,
procuro meus sonhos.
Viagens obscuras, minha perdição.



sábado, 4 de outubro de 2014

UM PASSO APENAS NÃO É O BASTANTE





Caiu o muro de Berlim.

Então porque há sobre mim
Este peso da opressão
A fatal rotina de prisão
A tortura conseqüente da tirania
A noite que não termina em dia ?


Caiu o muro de Berlim

Mas a utopia não floresceu no jardim.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

EXISTIR



Há momentos que o amor
Vai além da imaginação
Há momentos  que o sexo
Vai além da inocente sedução

Transformo-me nestes momentos
Retorno selvagem leão
Que a muito não se acasala


Nossos corpos se fundem
Paraíso arco-irisado de esmeralda e opala


E nos caminhos do prazer
Animalescamente ativo
Sinto-me feliz


                        E vivo