segunda-feira, 26 de maio de 2014

MINHA INFÂNCIA


Quando a saudade vem
Sinto tua voz e teu cheiro de sertão
Falando alto em meu coração.

Os meus ouvidos sentem saudade
Do sabiá-laranjeira , do canário-chapinha,
Do azulão
E outras aves que um dia habitaram o grotão.

Em teu olhar revejo a cachoeira
De águas cristalinas do ribeirão
Onde o menino se banhava de alegria.

Tudo hoje é diferente:
Não tem o cantar dos pássaros
Nem eles existem mais...

Os rios não têm mais águas cristalinas
Tudo é lama, sem vida, sem mergulho.
Viraram depósito de entulhos.

Não tem o verde nas montanhas
Já consumiram as serras de paisagens belas
Que outrora os olhares alcançavam.

Sinto que ti está tão distante,
Como distante eu sinto de ti...

Minha infância vivida no campo.

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