quarta-feira, 14 de maio de 2014

MENINO



O tempo passou
o menino não percebeu.
O córrego onde pesca suas fantasias
ainda é o mesmo,
ainda é o mesmo o campo onde colhe
a liberdade de cada dia,
olha ainda os mesmos horizontes,
no mesmo ribeirão banha-se de paz,
habitam seu universo os mesmos animais.

O tempo passou
o menino não percebeu que cresceu.
Virou adulto – será ?
Continua o mesmo sonhador da liberdade infantil
moradora nos campos.
Percorre os horizontes azuis de asas abertas,
o ribeirão da vida ainda corre em suas veias,
seu universo continua habitado pela fantasia.


O tempo passou.
O menino que habita meu ser se nega a crescer.
Quer sempre ser livre
viver
sonhar
amar os horizontes infinitos,
percorrer livremente os caminhos do mundo.
Não aceita a existência – prisão
sem sonhos
sem vida
sem um sorriso de inocência


do universo cinzento dos adultos.

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