terça-feira, 22 de abril de 2014

PANE GERAL



Parece que o tempo parou
Não houve  mais casas
De azulejos coloridos na fachada
Dizendo “seja bem vindo!”

Não houve mais
Cozinhas e cheiro de café
Para matar a fome
De alimento, amor
Esperança e fé.

Não houve mais
Cama cheirando a amaciantes
Consagrando  desejos
No altar dos amantes

O tempo parou, é certeza
Mesmo que o relógio
Continue indiferente
Marcando os séculos

Tudo deixou de existir

No momento do partir

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