A
humanidade vive da morte.
O
grito das armas impõe
Silencio
à sinfonia do amor.
Ouve-se
clamores e gemidos
De
mortos, feridos, oprimidos
E
sussurros abafados dos poucos homens de bens.
E
na sucessão de guerras
O
calendário vai se avermelhando
De
sangue e dor
E
o poeta na labuta
Semeando
jardins
Sem
conseguir colher uma flor.
Nem
Cristo, nem Budha, nem Maomé
Conseguiu
muda
O
animal que o homem é.
Nem
o sorriso de uma criança
Traz
hoje um resquício de esperança
Tudo
que se deseja, tudo que se espera
É
que o dia se finda
E
o véu da escuridão vá chegando
Com
a noite eterna cobrindo
A
carcomida realidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário