Um
povoado perdido entre as montanhas
Esquecido
do tempo, dos deuses, dos homens
As
esmeraldas que os olhares alcançam
Se
transformam em safiras
E
se perdem nos horizontes.
Como
cobra o Piracicaba
Serpenteia
por tuas ruas
Engolindo
restos que a historia desprezou,
Como
desprezada foste tu pelo progresso.
Agradecidos,
os homens, te oferecem a vida,
Quietos,
conformados, sem sonhos, ambições
E
dia após dia a rotina do silêncio
Vai
caminhando por tuas casas seculares
Até
aportar na igreja matriz
De
Nossa Senhora de Nazaré.
E
na presença de mortos oram e confessam
Pecados
que o tempo amarelou
E
Deus já esqueceu,
Em
cada pedra o visível sinal de envelhecimento.
E
eu também me envelheço,
Que
o tempo é senhor,
Mas
de ti não esqueço...
Seja
onde estiver e por onde for.
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