domingo, 8 de setembro de 2013

RETRATO DA TERRA NATAL



Um povoado perdido entre as montanhas
Esquecido do tempo, dos deuses, dos homens
As esmeraldas que os olhares  alcançam
Se transformam  em  safiras
E se perdem nos horizontes.
Como cobra o Piracicaba
Serpenteia por tuas ruas
Engolindo restos que a historia desprezou,
Como desprezada foste tu pelo progresso.
Agradecidos, os homens, te oferecem a vida,
Quietos, conformados, sem sonhos, ambições
E dia após dia a rotina do silêncio
Vai caminhando por tuas casas seculares
Até aportar na igreja matriz
De Nossa Senhora de Nazaré.
E na presença de mortos oram e confessam
Pecados que o tempo amarelou
E Deus já esqueceu,
Em cada pedra o visível sinal de envelhecimento.
E eu também me envelheço,
Que o tempo é senhor,
Mas de ti não esqueço...

Seja onde estiver e por onde for.

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