quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

DESTINO




I
O que deveria ser
Vastidão verde
É sempre tão desértico
Como a tarde
E em sua eterna presença
Mal o sol brilha
A noite tudo enegrece
Mal que a alma padece
Não tem cura
Nunca haverá salvação!
Vai andarilho
Percorrer estradas sem fim
Amanhã não haverá ida
E o olhar perdido
Manchar-se-á
De nuvens e trovões
É Antonio Dias que desaparece
Da memória e fotografias
Para quem nasceu
Burro de carga
Assis morrerá
A porta para a felicidade
Nunca abrirá.


II

A vida não me mostrará
Outros caminhos
Pelos quais trilhar
Diferentes horizontes
Fico a mirar
Mas nunca sei
Como lá chegar.

O meu viver se exilou
Numa terra de espinhos
Prisão difícil de escapar
Como seguir em frente
Se nunca sei onde pisar
Mesmo sem fé pelos cais orei
Nem deus pode me orientar

A vida não quer entregar
O direito de viver dos sonhar.

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