quinta-feira, 11 de novembro de 2021

 

         APRENDIZAGEM

 

 

 

Soletro seu nome

Como forma de mantê-la

Presente

 

 

 

Cada letra me consome

Um sonho em aquarela

Distante

 

 

 

Tenho cada vez mais fome

De aprender seu abecedário e consumi-la

Como amante.

                    Magno Assis

 

terça-feira, 9 de novembro de 2021

 

 

         FRUTO SAGRADO

 

                      I

 

 

nenhum homem nasceu para sofrer.

a felicidade é o mandamento

do filho do homem.

 

felizes aqueles que fazem felizes

teus irmãos

plantando em cada rosto

o fruto sagrado do sorriso.

 

o amor está sempre presente

na criança de sorriso inocente,

mundo de esperança e paz.

 

aprendas, ó irmão

a sorrir com as crianças

e trazer ao mundo dos adultos

mais fé, amor e esperança.

 

sorrir é dizer sim

a quem lhe estende a mão.

 

 

 

 

 

                 II

 

 

não adianta querer os frutos

antes de estarem maduros.

não  adianta querer a verdade

se o que reina é a mentira.

não adianta querer o amor

estando o mundo cheio de ódio.

não adianta querer a paz

enquanto os homens se matam em guerras.

não adianta querer a vida

se o homem está a destruí-la.

 

 

é preciso que os frutos madurem

para poder colhê-los.

é preciso combater a mentira

para que a verdade se espalhe.

é preciso destruir o ódio

para que reine o amor.

é preciso acabar com as guerras

para que a humanidade tenha paz.

 

 

é preciso antes de tudo

fazer nascer um homem novo

para que haja vida no planeta terra.

 

 

 

 

         III

 

 

 

se um abandono sofreres

não te desesperes,

a estação retornará

e nova semeadura ser feita poderá.

 

 

o sol é eterno e nunca deixa de brilhar.

pode-se uma nuvem escondê-lo

mas a nuvem é efêmera

e desaparecerá.

 

 

a saudade é também fruto.

um fruto bom e sagrado

de um tempo passado

quando existiu felicidade.

 

 

não chores um abandono.

ele é como a nuvem e passará

e para tu, amigo irmão,

o sol voltará novamente a brilhar.


                  Magno Assis

domingo, 7 de novembro de 2021

 

 

 

         DEVOÇÃO

 

 

 

 

Pelo amor que te devoto

É impossível viver

Sem está ao teu lado

 

 

Pelo amor que te devoto

É possível talhar

A obra-prima dos meus sonhos

 

O sonho

O amor

A devoção

Resumindo:

Eu, você

E  nossa paixão


              Magno Assis

 

terça-feira, 26 de outubro de 2021

 

FOI O TEMPO




Foi o tempo...
Dividiu
Quebrou
Separou
Dois corpos
Unidos
Pelo amor
Que não resistiu
E partiu


Quase nada restou...


O que ficou
Foi o passado
Que o tempo
Não apagou

Foi o tempo
Que trouxe
Para ficar
A saudade

Magno Assis

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

 

 

         CENAS

 

 

 

Num jogo de palavras

No arremate de um poema

Escrevo meu tema

 

Toda uma cena se passa

Na memória dos tempos

Como se fosse atual

 

Esqueço as velhas lavras...

O ouro não mais existe

Só a vontade persiste

 

Fico sentado na praça

E a hora se torna inerte

Velando a vida e a morte

 

No arremate de um poema

Escrevo o nome que restou

Saudade de um tempo de amor.


                 Magno Assis

terça-feira, 19 de outubro de 2021

 

         ALÉM DA MONTANHA AZUL II

 

Amigo

Você pode ir além do horizonte azul

Veja que lindas montanhas

Em longínqua distância

Nos traz o futuro

Só é preciso derrubar o muro

Da discriminação, da guerra, da violência

Só é preciso divulgar a paz

Em todos os cantos do mundo

Unir hinduistas, budistas, cristãos

Num amor sincero e profundo

Impedir que a miséria e a fome

Mate nossos irmãos a todo instante

Veja amigo

O futuro do mundo anda abandonado pelas ruas

E a procissão de cadáveres  ambulantes

Desfilam sem pudor suas chagas nuas

Por que a escravidão se a verdade está na liberdade?

Por que a opressão se a felicidade está na liberdade?

Por que as armas?

Por que as fronteiras?

Não somos todos irmãos ?!!!

Acorde meu amigo

Além da montanha azul

Existe o verdadeiro sonho

De nosso eterno acordar

Não finja que és cego

A paz clama por suas forças

O verde reclama teus cuidados

E a humanidade deseja sua consciência

Como garantia de toda existência

Não . não deixe para amanhã

A hora de lutar é agora

Salvemos os horizontes

Em nosso próprio nome.


                     Magno Assis

terça-feira, 12 de outubro de 2021

  APOCALIPSE



O sol
Sem luz
Disse adeus

A escuridão
Cobriu a terra
De silêncios

Não mais tive
Seu olhar
Preciso guia

Joguei fora
Meus sonhos
Meus desejos

Sem sol
Sem luar
Sem seu olhar

O mundo
Meu mundo
Tornou-se um buraco negro.

Magno Assis

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

 

      POETA

 

Dentro de cada

Poema

Há um pouco

De minha alma

E os silêncios

Que desde menino

Gritam

Em meu peito.

 

      Poema publicado na Antologia Poética Ressignificâncias vol. II

         EHS Edições, 2021 na pagina 24.   

terça-feira, 28 de setembro de 2021

 

 

 

 

 

         ALÉM DA ALMA

 

 

 

Eu nada sei do bom senso...

Vivo no mundo da lua

Vagabundo sonhador.

 

Eu nada sei de amor...

Vivo no mundo da rua

Errante sonhador.

 

Eu nada sei de jardim...

Vivo no mundo do inverno

Solitário sonhador.

 

Eu nada sei de céu e inferno...

Vivo num mundo surreal

Indefinido sonhador.

 

Ainda procuro saber

O que é o viver.

  

                           Magno Assis

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

 

 

         CORPOS EM ÊXTASE

 

 

 

 

Na penumbra do quarto

O toque íntimo dos meus dedos

Percorrendo teu corpo

Acendendo

O ardente fogo do amor

 

 

Em chamas

Nossos corpos se unem

No visível mistério do prazer

 

É tanto querer

Invadindo nossos corpos

Nosso mundo

Nossos sonhos

Nossa realidade

 

E a felicidade chega

Fazendo eterno

Cada segundo

               Magno Assis

sábado, 18 de setembro de 2021

 

         FIM

 

 

 

 

Foi difícil aceitar a partida

Mais difícil foi acreditar no abandono.

Tudo acontecendo de repente...

Seria bom se nada tivesse acontecido

O amor continuasse o mesmo

Tudo acabou

Mesmo sem querer é preciso acreditar

E aceitar

 

Chorei

As lágrimas lavaram meus sentimentos

No desafio dos desesperados

Nada mais restará

Aquela pequena lembrança

O tempo apagará

Curando as feridas do corpo

E a cicatriz que fica na alma

Fica escondida

Que nenhum  olhar humano poderá perceber

O riso da face esconde a lágrima do coração.


                                    Magno Assis

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

 

 

 

         SEM RESPOSTAS

 

O que é a vida terrena senão fatias

De sonhos que inutilmente tentamos viver ?

Mas não se vive de sonhos...

Ah,  indiscutíveis filosofias vãs

Reencontradas em todas as manhãs

No desenterro de mortos passados

No nascimento de novos desejos

Não sentir-se derrotado

É muitas vezes um consolo

Que o tempo vem sempre apagar

Apega-se a qualquer esperança

Tentativa de esconder a verdade

E dissolver com amor a soledade

 

O que é a vida terrena

Senão a rotina cansativa do trabalho

O fim de tarde de ilusões descontroladas

Que nos invade por inteiro?

Mesmo o palhaço que faz rir platéias alucinadas

Sozinho chora seus momentos verdadeiros

Na expressão do sorriso que não existe

A solidez se desmorona num segundo

O versejar dos externos eternos horizontes

Sucumbe diante da fatal realidade

Na solidão dos astros apagados

Habitantes ao longo do percurso da humanidade

 

E eu vou ditando meus versos

Na incerteza da inexistência de ouvintes

Paralelos em minha dor de existência

Saem motivos claros e definidos

Que possam me levar à resposta

Do que seja a vida realmente.


                     Magno Assis

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

  LOUCURAS DO VIVER


Lutei batalhas loucas
Percorri estradas bravias
Que não foram poucas
Sem encontrar alegria
Fui aos pouco desanimando
E no caminhar fiquei perdido

Fui de tudo um pouco
Fui decente e fui louco
E nunca fui feliz
Assim se passou o tempo
Fiquei no sofrimento
Por nunca ser o quê
Sempre quis

Eu ainda criança
O sonho passou por aqui
Era verde, todo esperança
Me fez assim existir
Pintou meus olhos de tua cor
Para depois partir

Trago comigo a esperança
Há tempos, desde criança
Com bastante fé na vida
Ser ainda um vencedor
Na vida que até agora
Só tem existido na dor.

Magno Assis

segunda-feira, 12 de julho de 2021

 

 

 

 

         NOVA HISTÓRIA

Cantarei o idílio dos amantes da vida

Cantarei o idílio dos amantes da paz

Farei-me luz mais brilhante que o sol

Na floresta cantarei mais forte que o sabiá

Numa orquestra mais bela que o rouxinol

Levarei meu canto ao vento e o espalharei

Pelos quatro cantos do mundo e louvarei

A todos aqueles que o escutar

E nunca mais o esquecer

 

Quero ser as estrelas de todos os céus

De poetas, loucos, esperançosos, indiferentes

Para que todos tirem das faces as máscaras e véus

E possam enxergar a beleza dos horizontes

Não serei o senhor que obriga e ordena

­ ­ - Minha mensagem é ante - classista –

Cantarei a paz com voz forte, calma e serena

Mostrando aos homens suas imagens realistas

 

Cantarei o idílio dos que sofrem

Gritarei as dores dos que morrem

Louvarei os gestos dos que pacificamente lutam

E trazem no semblante seu projeto de glória

Escreverei a  epopéia dos que amam

Escutarei a voz dos profetas esquecidos

Serei companhia a todos os solitários abandonados

E juntos haveremos de escrever uma nova história

 

Uma nova história

Que faça toda humanidade

Viver em festa e glória

Sempre sim à verdade

Sempre não à opressão

Sempre um sorriso se abrindo

Sempre uma mão em doação

Sempre o sim, nunca o não.


                              Magno Assis 

segunda-feira, 26 de abril de 2021

 

 

 

 

         DIA DE CHUVA, NOITE DE ESTIO

 

 

 

 

 

 

O dia chora

A tempestade do meu peito

A cor do meu coração

Coloriu o tempo

                   Cinzento

A montanha traz à tona

A chaga do meu ser

Só o firmamento

Com sua brancura gélida

Contradiz minha existência

Aguardo impaciente a noite

Trazendo nos sonhos o estio

Que todo meu ser reclama.


                      Magno Assis 

sexta-feira, 9 de abril de 2021

 

 

 

 

 

         ETERNO HABITANTE

 

 

Fiz o sonho passar por aqui

Para animar a vida

Fiz a flor ser colorida

Para alegrar o mundo

Fiz o verso ser forte

Para vencer a morte

Fiz o amor habitar meu ser

Para não mais sofrer

 

 

A tua ausência levou o sonho

Fez da vida um olhar tristonho

A saudade escureceu o mundo

Impedindo a flor de desabrochar

O verso se tornou pura elegia

Cantando a dor noite e dia

O amor continua habitante do meu ser

Me trazendo cada vez mais o sofrer.

 

 

Desejo a vida como um sonho

Toda estrada colorida

A alegria habitando o mundo

Animando com sorrisos a vida

Cada ser humano ser um verso

Vencendo a guerra, paz ao universo

O amor ser o único imperador

Lavando da alma humana toda dor


Fiz o sonho passar por aqui

O vento forte da infelicidade

O carregou num instante

Trazendo à tona a realidade

Sobrecarregada de saudade

Do nunca esquecido amor

Em meu ser eterno habitante

 

Fiz do meu mundo um sonho milenar

Impossibilitado de se realizar

Fiz do sonho meu mundo

Onde não se pode viver

Fiz da dor minha verdade

Amor, eterno habitante... eterna saudade.


                      Magno Assis 

domingo, 28 de março de 2021

 

                         CINQUENTA E OITO

 

         I

 

Passo a passo

Desço a escada

Rumo ao nada

 

O cansaço

Faz-se presente

Nos cabelos e dentes

 

Há vários espaços

Entre sonhos sonhados

E sonhos realizados

 

Fazer escasso

Sobrou gritaria

Faltou autonomia

 

Me desfaço

Noite e dia

Finjo poesia

 

Passo a passo

Mais diminuta é a estrada

Que a mim é dada

 

   II

 

De fracasso

Em fracasso

Vai do corpo

O perfume

Perde-se o frasco.

 

Perde-se o passo

Todo espaço

Todo o sorrir

Desfaz-se o lume

Foi-se o porvir.

 

Nada importa

E tudo importa

Queda de braço

De fracasso

Em fracasso.


                   Magno Assis

 

 

sexta-feira, 26 de março de 2021

 

         TEMPO

 

 

 

 

 

O relógio não marca

A lógica da vida

 

Conta o passado já perdido

 

A folhinha na parede

Nunca diz o tempo

Necessário para ser feliz

 

O relógio canta as horas

 

A folhinha dita o tempo

 

Meu coração desatualizado

Que nunca viveu as horas

Que nunca chorou o tempo

Sobrevive os séculos, solitário,

 

Passa os instantes,..     infeliz.


                      Magno Assis em " Momentos e Saudades"

quinta-feira, 11 de março de 2021

 

         POEMA FILOSÓFICO

 

Às vezes é preciso despir-se

De todo pensamento lúcido

Desligar-se de todo elo

Que nos prende ao mundo real

Fazer uma lavagem

Em todas as nossas velhas idéias

Para que possamos ver

Todas as coisas em sua perfeição.

 

Se é preciso aprender algo novo

E deseja-se ser perfeito no aprendizado

É preciso rasgar tudo que sabemos

Começar como um inocente calouro

 

Não importa o que a filosofia diz

É preciso limpar a mente

Esquecer todos os filósofos

Para  iniciar-se na nova filosofia

Sem nenhuma influência

A perfeição nasce do novo

A ilusão já existe no povo

 

A beleza é encontrada

Nas mínimas coisas que fazemos

Nos detalhes novos que criamos

Nos pensamentos velhos que despimos

 

Deus se fez simples nas coisas simples

É simples na borboleta, nas flores, no verde

E ver as coisas em sua simplicidade

É a mais perfeita das filosofias.


                        Magno Assis

domingo, 28 de fevereiro de 2021

 PASSADO E FUTURO

nasci com o verde
dos campos livres
no olhar
de peito aberto
os percorri sem pressa
a sonhar
mil mundos novos
em novos horizontes
a brilhar
a cidade pequenina
casário e sobrados
velho estradar
sou de Antônio Dias
sou assim campo e cidade
a combinar
sou paz e alegrias
sou o novo e o velho
no agir e falar
o ontem e o hoje
o passado e o futuro
o eterno trilhar.
Magno Assis in " O Inventário do Nada"

sábado, 27 de fevereiro de 2021

 

         NOSSA REALIZAÇÃO

 

 

 

 

Nós dois manejávamos os sonhos impossíveis

Fazendo-os reais, mesmo quando não sonhávamos

nos castelos momentaneamente construídos e 

                                 indivisíveis

habitávamos nossas horas que realizávamos

 

 

os pensamentos do momento e de outrora

que não deixamos passivos partir

não escaparam nem mesmo as loucuras

do momento indigesto de se ir.

 

 

Não podemos esquecer qualquer momento

Despercebemos os erros e desculpas

Manejávamos os sonhos e sentimentos

De dois seres sedentos de vida

 

 

E fizemos amor em carícias plenas

Nos castelos momentâneos que construímos


                Magno Assis 

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

 

         À TARDE

 

 

À tarde olho os montes

À tarde olho as fontes

À tarde olho a vida...

 

 

Finjo que não vejo o que vejo

É meu desejo que assim seja

Procuro  ver em tudo coisas boas

Mesmo que o mundo diga o contrário

 

 

As mansões ornamentam a  visão

E não são em maior número que os barracões

Os poetas falam de amores e de flores

E os homens ( Ah, esses homens!) gritam guerras

 

 

Na fumaça das indústrias desaparece o verde

O infinito fica todo cinza, cor de enfermo

Na miséria dos homens o fogo crepita

Consumindo vida na poluição da mente

 

 

Choro. Não envergonho de dizer

Porque Ter vergonha? É triste saber

Que os montes verdes no horizonte

Que as fontes de águas cristalinas

Que a vida – sim, até mesmo a vida -

Deixarão de existir pela ignorância humana

 

Os homens comem no lucro o planeta

Nada respeitam, nada preservam

Querem contas volumosas nos bancos

E famintos esqueléticos morrendo em multidão

 

Os poetas falam de flores e amores

Nos versos tento sonhar...

Mesmo no sonho o pesadelo é o mesmo

Loucura! Não mais consigo sonhar.

 

Sei que amanhã terei meu corpo inerte

Nenhuma obra comprovará nossa existência

Assim como esses versos, nada resistirá ao tempo

E todo o universo desconhecerá

Que um dia existiu um planeta chamado terra.


                   Magno Assis 

sábado, 13 de fevereiro de 2021

 

         ETERNO MOTIVO

 

 

 

 

Sempre forte

Essa loucura

Morte

 

Navegante

Sem sul

Sem norte

 

Restos de luz

Fim de sorte

Me seduz

 

Eterna procura

Nada de novo

Eterno motivo

 

Arrancar a dor

Amor

Ser cor

 

Sem rumo

Nova – mente resumo

Caminhada

 

Vontade de ser/Ter

Um sentido

Querer viver

 

Motivo eterno

Fim de inverno

Lembranças

 

 

Outra vez criança

Não sofrer

Viver

 

 

 

 

 

 

 

Morte

Sempre forte

Essa loucura

 

Restos de luz

Eterna procura

Me conduz

 

Busca motivo

Um sentido

Caminhar

 

Vontade de ser

Amar

Sorrir

Viver

Vi   ver


          Magno Assis

 

       NOSSO ÚNICO CAMINHO

 

 

 

 

Digo, repito: quero ser apenas

Este alto astral nosso condutor

Brilhante união, acalentadas sinas

Rubra estrela, fulgurante amor

 

Iluminando divinos caminhos

Tropeços e quedas não serão tantas

Mãos amigas a recolher espinhos

Perfumes e flores brotando fartas

 

Nunca correr, ultrapassar limites

Passear além do feliz horizonte

À procura de ilusórios sonhos

À procura de desejáveis  caminhos

 

Mãos doadas, unidas pela lua

Caminham perfumadas pela rua

No ar sabor de lábios risonhos

Terra perfumada sem espinhos


                  Magno Assis