SEM RESPOSTAS
O que é a vida terrena senão fatias
De sonhos que inutilmente tentamos viver ?
Mas não se vive de sonhos...
Ah, indiscutíveis filosofias vãs
Reencontradas em todas as manhãs
No desenterro de mortos passados
No nascimento de novos desejos
Não sentir-se derrotado
É muitas vezes um consolo
Que o tempo vem sempre apagar
Apega-se a qualquer esperança
Tentativa de esconder a verdade
E dissolver com amor a soledade
O que é a vida terrena
Senão a rotina cansativa do trabalho
O fim de tarde de ilusões descontroladas
Que nos invade por inteiro?
Mesmo o palhaço que faz rir platéias alucinadas
Sozinho chora seus momentos verdadeiros
Na expressão do sorriso que não existe
A solidez se desmorona num segundo
O versejar dos externos eternos horizontes
Sucumbe diante da fatal realidade
Na solidão dos astros apagados
Habitantes ao longo do percurso da humanidade
E eu vou ditando meus versos
Na incerteza da inexistência de ouvintes
Paralelos em minha dor de existência
Saem motivos claros e definidos
Que possam me levar à resposta
Do que seja a vida realmente.
Magno Assis
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