sábado, 13 de junho de 2020


SEM CONSEQUÊNCIAS



A escuridão sem fim não me assusta
Ontem apaguei meu sol, destruí minha lua
Meu caminho  sem brilho é certeiro em cada  estribilho
Ontem, antes mesmo de começar, esqueci minha labuta
Posso fingir. Fingimento não me anima.
De espinhos refiz minha cama
Minha existência é de lama
Contaminando meu sangue nas horas vadias
Minha religião é pura heresia.
Ontem deixei que o vento levasse o sim
Desflorando o hoje do meu jardim
Ontem consumi o mundo recheado de hipocrisia
Nunca aprendi o lamentar
Deixo o tempo falar calando minha vez
Não me  assusto com a escuridão sem fim
Não me assusto com a escuridão assim.



                    Magno Assis

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