Universo particular
Na negritude da calada da noite
a palavra se dilata, se espalha.
Solidão na madrugada. O açoite
lança suas garras e nunca falha.
A caneta desliza no papel,
espelha sorrisos, fermenta alegria.
Estrelas de sonhos brilham no céu,
mundo particular criando o dia.
A noite traz os restos mortais
das várias tentativas de felicidade.
Em sons transformo e reformo os ais.
Busca desesperada de claridade.
Os versos se formam sorridentes,
dispersam os fantasmas das horas acordadas.
O sol surge. Forma brancos horizontes
e vêm ao meu encontro minhas vidas.
Magno Assis
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