quarta-feira, 28 de março de 2018

FAXINAS TEMPORAIS

Talvez a saudade não seja
Como a água do rio
Que vai à procura do mar
Para nunca mais retornar

A existência que se deseja
É um misto de estio
E tempestade
Que num ciclo interminável
Vai, retorna, vai...

As emoções, particulares cachoeiras
Despencam nosso olhar
A lavarem a alma.

Cachos de uva na videira
Que não são colhidas!!!

E vão passando as estações
Retornam em novas frutificações
Lagrimas em profusão
Que inundam os corações.

E fecha um ciclo
Que voltará

A vida não é um rio
Que agradece ao alcançar
O desejado mar

E o Piracicaba
Vai levando as lágrimas
Que adormecem
Mas de tempo em tempo
Vivas
Descem em cascatas.

                       Magno Assis

FAXINAS TEMPORAIS

Talvez a saudade não seja
Como a água do rio
Que vai à procura do mar
Para nunca mais retornar

A existência que se deseja
É um misto de estio
E tempestade
Que num ciclo interminável
Vai, retorna, vai...

As emoções, particulares cachoeiras
Despencam nosso olhar
A lavarem a alma.

Cachos de uva na videira
Que não são colhidas!!!

E vão passando as estações
Retornam em novas frutificações
Lagrimas em profusão
Que inundam os corações.

E fecha um ciclo
Que voltará

A vida não é um rio
Que agradece ao alcançar
O desejado mar

E o Piracicaba
Vai levando as lágrimas
Que adormecem
Mas de tempo em tempo
Vivas
Descem em cascatas.

                       Magno Assis

sexta-feira, 16 de março de 2018

BIOGRAFIA DO POETA

O poeta não tem odor.
Retira perfume das palavras
Para um mundo sem flor.

O poeta não tem cor.
Retira flores das palavras
Para um mundo sem jardim

O poeta não tem asas.
Retira liberdade das palavras
Para um mundo de gaiolas.

O poeta não tem endereço.
Retira asilo das palavras
Para um mundo de fronteiras.

O poeta não tem céu.
Retira estrelas das palavras
Para um mundo sem poesia.

O poeta não tem ouro.
Retira alquimia das palavras
Para um mundo sem magia.

O poeta não tem caminhos.
Retira estradas das palavras
Para um mundo de atalhos.

O poeta não tem acolhida.
Retira amor das palavras
Para um mundo sem vida.

Ao poeta nada resta.
Retira sorrisos das palavras
Para um mundo sem festa.

Mas o poeta tem sonhos.
Retira realidade das palavras
Para um mundo sem futuro.

                Magno Assis

quarta-feira, 7 de março de 2018


A VOZ DO SILÊNCIO






 No meio do caminho tem sempre um se

Se não existisse relógio

Se não existisse o grito

Se a mente não fosse um precipício

Se não fosse necessário dizer:  “eu existo”  

O mundo não seria só cena

E viver valeria a pena.



Se não existisse a dor

Se não existisse a arma

Se não existisse espinho na flor

Se em vez de correria existisse calma

A estrada não seria pequena

E viver valeria a pena.



Se fosse possível contar as estrelas

Se não existisse nem céu nem inferno

Se não atirássemos pedras nas janelas

Se o guerrear não fosse eterno

Cada gesto teria sua recompensa

E viver valeria a pena.



Se não existisse o egoísmo

Se não existissem tantos muros

Se existisse mais lirismo

Se cada povo fosse livre para decidir seu futuro

A alma não seria pequena

E viver valeria a pena.

quinta-feira, 1 de março de 2018


TERCEIRO POEMA PELO FIM DOS EXERCITOS






Cinco horas da manhã

Batem os sinos

Acordam os soldados

Aprendizes de assassinos

Um novo dia, o mesmo afã

Sentirem-se poderosos armados.



A humanidade sempre ameaçada

Por guerras que não acabam mais

A paz destruidoramente armada

A vida deixada para trás

Não há Deus que dê jeito

Se o coração não é o eleito.





Em muitos países é obrigatório

O aprendizado de morte e destruição

Causando danos incalculáveis

Não haverá futuro satisfatório.

Enquanto não houver total eliminação

Destes seres inúteis e desprezíveis.