domingo, 2 de julho de 2017


         lembrete aos leitores desavisados




Que poesia tola

a minha

aprendeu dizer apenas “sim”

e pelo caminhos

só encontra “não”

nenhuma rosa

somente espinhos



Que poesia tola

a minha

vive pregando paz na terra

aos homens de boa vontade

aos que nem vontade têm.

E de fronteira a fronteira

só encontra guerra



Que poesia tola

a minha

que insiste em falar

de amor ao próximo

como mandamento primeiro

e nos corações só encontra

portas abertas  para o egoísmo

e o dinheiro.






Que poesia tola

a minha

num afã desesperado

em mudar o mundo

não se cala

não se intimida

mas continua sua caminhada

palavras em punho

gritando pelo direito à vida.


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