ANTÔNIO DIAS, MUITO MAIS
QUE SAUDADE...
I
Já não tenho olhos
Para enxergar as belezas da vida
Antônio Dias já não existe
Está há muito tempo esquecida
Não é mais possível fingir
Que ainda existe uma criança dentro de mim
E somente um olhar de criança
Límpido, puro, inocente
Pode enxergar que o mundo ainda é um jardim
Com cores varias para se admirar
Com perfumes ilimitados para se sentir
Para o meu olhar de adulto
Todos os horizontes são desconhecidos
E cinzentos amanhãs.
II
Foi-se o tempo de paz
Hoje há muitas vozes caladas
E um sol que não brilha mais
Um céu repleto de estrelas mortas
Antonio Dias é apenas uma miragem
Que o adulto contempla ao longe
E sempre que a infância a traz numa imagem
Toda felicidade da vida foge
As batalhas diárias são infindáveis
Que não é mais possível sonhar
No corpo a corpo das ilusões insondáveis
Assisto impotente o castelo inacabado desabar
Magno Assis
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