segunda-feira, 8 de junho de 2015

QUANDO SE PERDE A INFÂNCIA


Uma sombra do  passado
Se apagando no presente.
A estação em flores
Não traz aromas e cores.
A palidez é o tom
E os passos silenciosos
Não deixam marcas nem som
Onde caminho sem destino.
Nada resta do menino
Aquele professor
Que um dia habitou
Meu coração.
Vai apagando pouco a pouco
O louco
Que seguia meus passos
Fazendo a vida suportável.
Agora tudo é normal
E legal
A apagar a existência.
Uma sombra que caminha
Na multidão
Sem nome
Sem rosto
Sem vida

Uma sombra!

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