Há no caminho uma escuridão
Que transpõe a noite e
percorre
Os dias
E eu, âmago da dor e
solidão
Continuo impassível como os
mistérios
E as memórias.
Nada se expande além desta
estação
Do medo, da insônia e
tempestades
De agonias
E quando os sonhos se vão
Fica a vida pela metade
Sem alegorias
Do tempo e do alento. Não
Não serve os caminhos
De intempéries e brancas
rosas
Se são pontiagudos os
espinhos
E nas sombras
Me ferem peito e alma e
músculos
Não!
Um basta nesta noite
inabalável
É tudo que procuro
Mas a estrada nunca me
oferece.
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