quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

HIROSHIMA



Os homens rodeavam a fogueira,
assistiram passivos às chamas
em seus clamores,
em seus gritos apavorados.
Restos de uma cidade hospitaleira
que os amantes na cama,
pegos de surpresa,
pensaram que o sol estava mais radiante
homenageando o amor e sua beleza.
E abraçados morreram com um sorriso nos lábios
sem uma palavra de explicação.


E o dirigente norte-americano quis dar ao mundo uma
                             lição de exterminação.
Sentado à mesa com seus conselheiros
assistira da poltrona sua obra de arte infernal:
a liquidação total
de uma cidade, de um povo inocente e indefeso,
que na brutalidade da guerra,
na falta de consciência dos habitantes da terra,
assistiu, em seu último ato, a descida da bomba
que a tudo extermina.


E o mundo deu adeus a Hiroshima

e dormiu em paz.

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