segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

MEU CANTO









Meu canto não tem definição.
É um canto tão particular
Perdido, esquecido, partido,
Sofrido, alegre, caído
Não tem a fé de Jó,
Nem o êxtase de Teresa.
Nem mesmo tem tanta beleza
Para poder compará-lo ao arco-íris.
Meu canto é aquele canto
De fim de tarde
Onde o homem, mesmo cansado,
Se prepara para a noite
Com resignação e esperança
Sabendo que haverá,
Como num sonho de criança,
Um novo amanhã.

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