ENTRE A ESPADA E A LANÇA
Olhares têm me ferido
Queimando como fogo
Meu coração atribulado
Anda assim sem folego
Para fugir das espadas
Que escondem os horizontes
Sonhados. Sangro pelas estradas
Precipicios sem pontes.
Na solidão de um quarto
Finjo fugir das lanças
Que cravam em minha alma
Sangrando-a a todo instante.
Mesmo sozinho, exilado
Não pára o meu penar
Sei que existe outro lado
De flores, perfumes e mar.
Continuas são as feridas
E o meu peito, em chamas,
Não se entrega, quer vida
E ao luar chora e clama.
Magno Assis
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