domingo, 30 de agosto de 2020

 

         ETERNAMENTE CRIANÇA

 

As horas pesam

Sinto a saudade me invadindo

O sol ainda  brilha

Fracamente

Fraca mente

A felicidade se esconde

Além do horizonte

Onde o olhar não alcança

 

Várias vezes negada

Criança abandonada

Corre pelas calçadas da vida...

 

Procura um abrigo

Onde possa encontrar amor.

 

A vida não lhe deu escolha!

 

Esse ser solitário

Vive numa estrada ilusória

Pensando ser um vencedor.

 

O eterno menino

No silêncio da solidão

Tentar enganar o destino.


          Magno Assis 

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

 

         BRASA VIVA

 

 

 

O fogo da paixão cozinha

Meu alimento desconhecido.

 

Em meu peito nunca neva...

 

É sempre labaredas fumegantes

Queimando corpo e alma

 

Sempre vazia está a cama.

 

Na estrada da ilusão o sonho caminha

Rumo ao precipício de acordado.

 

Muita mentira , farsa e inveja

No que o povo diz

Falta sentido

 

É sempre a mesma fira

E diária chuva

 

Tudo é fogo e queima

Na cama vazia

No peito em chama


                          Magno Assis 

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

 

         É PRIMAVERA

 

É primavera

As flores com suas cores

Um tributo ao Criador

Em vários perfumes e tons

A natureza viva e radiante

Mostra o verdadeiro

Desabrochar da vida

 

 

É primavera

Os pássaros cantam comovidos

Uma sinfonia à mãe natureza

E junto ás estridentes cigarras

Festejam as cores dos jardins

A rotina magistral da natureza

Na mais bela das festas

 

 

Vejo a esperança

Retornando

Nas mais variadas cores

Que a primavera traz

 

 

É primavera

A alegria voltou aos corações

Os homens voltam seus olhos para o céu

 

 

E em agradecimento fazem suas orações.


                           Magno Assis

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

         ENTRE A ESPADA E A LANÇA

 

Olhares têm me  ferido

Queimando como fogo

Meu coração atribulado

Anda assim sem folego

 

Para fugir das espadas

Que escondem os horizontes

Sonhados. Sangro pelas estradas

Precipicios sem pontes.

 

Na solidão de um quarto

Finjo fugir das lanças

Que cravam em minha alma

Sangrando-a a todo instante.

 

Mesmo sozinho, exilado

Não pára o meu penar

Sei que existe outro lado

De flores, perfumes e mar.

 

Continuas são as feridas

E o meu peito, em chamas,

Não se entrega, quer vida

E ao luar chora e clama.


                     Magno Assis

domingo, 2 de agosto de 2020


CENAS

Num jogo de palavras
No arremate de um poema
Escrevo meu tema
Toda uma cena se passa
Na memória dos tempos
Como se fosse atual
Esqueço as velhas lavras...
O ouro não mais existe
Só a vontade persiste
Fico sentado na praça
E a hora se torna inerte
Velando a vida e a morte
No arremate de um poema
Escrevo o nome que restou
Saudade de um tempo de amor.

Magno Assis