LOUCO QUERER
Quero que o mundo ouça meus
versos
Como cânticos de liberdade
lançados ao
vento
e os recolha de mãos
abertas
mãos que doam aos irmãos
o pão para matar-lhe a fome
o sorriso que a vida lhes
tirou
a felicidade que vive a
procurar.
Quero que meus versos sejam
enxadas
A capinarem a terra da
esperança
E os poetagricultores
lancem a semente
Para dela brotar a
liberdade
Que o povo procura e nunca
alcança.
Quero que meus versos sejam
a defesa
Dos oprimidos, torturados,
massacrados,
exilados
que deles se façam um país
onde todo homem seja
realmente feliz.
Quero que meus versos sejam
povo
E o povo seja simplesmente poesia
Que eu possa assim cantá-la
livre
Um pássaro cantando sua
melodia
Em pleno coração da
floresta.
Quero que meus versos sejam
proféticos
Sejam escutados e
executados
Que sejam alimento onde
faltar pão
Que sejam paz onde houver
guerra
Que sejam a vida onde haja
mortes
Que sejam liberdade onde
exista correntes
Assim sua profecia estará
cumprida
E inúteis tornarão.
E tornando-se inúteis
Serão recolhidos à gaveta
Do meu coração.
Neste momento todas as
pessoas serão
Poetas
E terão seus próprios versos
Escritos pelo próprio
sangue.
Magno Assis
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