elegia
Procuro meu ser e
meu ser é nada.
Minha alma existe
em sombrias noites,
horizontes
escuros,
visões de açoite.
O medo chega e
toma conta de tudo...
e chega tristeza
e chega
desespero.
Meu coração de
engrenagem falha
ameaça parar.
Acabou-se o
jardim
( um dia florido
outro dia despido
de cores ... )
Sentimentos
ocultos vem à tona
na saudade de
tempos idos.
A noite, como uma
madona,
chega ligeira e
triste.
Meu ser sem fé
não existe
e meu ser não tem
fé.
Sei que estou
delirando...
Mas o delírio,
que agonia,
vai em realidade
se transformando
ao aproximar o
novo dia.
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