segunda-feira, 10 de junho de 2019


        elegia








Procuro meu ser e meu ser é nada.

Minha alma existe em sombrias noites,

horizontes escuros,

visões de açoite.

O medo chega e toma conta de tudo...

e chega tristeza

e chega desespero.

Meu coração de engrenagem falha

ameaça parar.

Acabou-se o jardim

( um dia florido

outro dia despido

de cores ... )

Sentimentos ocultos vem à tona

na saudade de tempos idos.

A noite, como uma madona,

chega ligeira e triste.

Meu ser sem fé não existe

e meu ser não tem fé.

Sei que estou delirando...

Mas o delírio, que agonia,

vai em realidade se transformando

ao aproximar o novo dia.

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