RECADO PICHADO EM MURO
que me perdoem
os crentes
mas nós, os céticos,
buscamos os horizontes
perdidos
porque ainda acreditamos
no amanhã.
Magno Assis
quarta-feira, 28 de novembro de 2018
sábado, 17 de novembro de 2018
POÉTICA
O nome lançado ao chão.
A esperança envelhecida
A vida já quase esquecida...
O poeta que não cansa
De cantar em versos
O amor
Que a humanidade já esqueceu
O grito contido no peito
É escrito na folha branca
Enumerando as penas
Em forma de poema
A sensibilidade da poesia
Na tentativa de combater os canhões
E ver um jardim florido
Em todos os corações.
Magno Assis
domingo, 11 de novembro de 2018
quinta-feira, 8 de novembro de 2018
AÇÂO E REAÇÃO
Quando as palavras não
São apenas vozes vazias
Murmuradas em vão;
Quando se junta à palavra
A mesma força em ação
Construir-se-á algo de novo
A favor de um povo
A favor da humanidade.
Todas as velhas estruturas cairão
Despertando a consciência do povo
Surgirá um novo amanhecer
Despertando consigo a justiça
Trazendo para a humanidade
A verdadeira liberdade.
Magno Assis
sábado, 3 de novembro de 2018
REALIDADE DE OUTONO
Assim como as folhas secas
Os sonhos não realizados
Se desintegram
Folhas secas do outono
Levadas para lugares distantes
Por um vento soprante
Inquietante
Se acabam para sempre
Nunca mais retornarão
Sonhos meus
Perdidos no tempo
Desiludidos
Pela realidade da vida
Ficaram para sempre sepultados
Nunca mais se realizarão.
Magno Assis
segunda-feira, 22 de outubro de 2018
quinta-feira, 4 de outubro de 2018
sábado, 29 de setembro de 2018
SEM PALAVRAS
O poeta calou !
Não há mais motivos
Para serem cantados
Os homens – loucos homens –
Destruíram todo o verde
Destruíram toda beleza.
Deixaram apenas
Um mundo desolado
Deserto apocalíptico
Que o poeta ao vê-lo
Lágrimas derramou
Nada tendo mais a cantar.
O poeta calou...
Deixou de existir toda poesia !
Magno Assis
quinta-feira, 20 de setembro de 2018
ETERNO INVERNO
É eterno
O inverno
Consumindo
Meu mundo
Em outra era
Foi primavera
No momento
É sofrimento
Secou a flor
Foi-se o amor
Tristonho
Restou o sonho
Só soledade
Trago no peito
É saudade
Não tem jeito
Viver sozinho
Não ter paz
Falta faz
Teu carinho
Consumindo
Meu mundo
É eterno
Meu inverno.
Magno Assis
quarta-feira, 5 de setembro de 2018
CARDUMES
Não é o ter
Que torna o homem
Coração
Em realidade de amor
A exalar perfumes
E brisas
E acalentar as dores
Dos lamentosos
Necessitados de carinhos
Somente o ser
Traz na bagagem
Emoção
A agrupar cardumes
Pintores, cantores, poetas
A semear cores
Aos esperançosos
Magno Assis em " EU SONHO..."
domingo, 26 de agosto de 2018
ETERNO INVERNO
É eterno
O inverno
Consumindo
Meu mundo
Em outra era
Foi primavera
No momento
É sofrimento
Secou a flor
Foi-se o amor
Tristonho
Restou o sonho
Só soledade
Trago no peito
É saudade
Não tem jeito
Viver sozinho
Não ter paz
Falta faz
Teu carinho
Consumindo
Meu mundo
É eterno
Meu inverno.
Magno Assis em " Eu Sonho..."
sábado, 25 de agosto de 2018
TEMPO ESQUECIDO
No tempo ficou a história
A memória
De uma alegria distante
Um sorriso contagiante
Que a vida emanava
No tempo ficou a felicidade
A liberdade
De um sonho passado
Um projeto esquecido
Que pela vida suspirava
No tempo ficou o tudo
Restou o nada
De um país, de um mundo
Que procurava a vida
No tempo ficou
O tempo... o amor
E o homem sonhador
Que humanamente se calou.
Magno Assis em " Eu Sonho..."
terça-feira, 21 de agosto de 2018
segunda-feira, 20 de agosto de 2018
QUESTÃO DE VIDA E MORTE
Há runas em teu olhar
Que não decifro
Linguagem desconhecida
A preencher o infinito
De buracos negros
E vou buscando estrelas
E planetas
Que desejo habitar
A realidade é o desespero
E a lenta morte
De sentir-se impotente
Toda a vida depende
De decifrar
Os dizeres do teu olhar.
Magno Assis em " Eu Sonho..."
sábado, 18 de agosto de 2018
A TODOS NÓS, OS MORTOS
Morreu o sorriso
Epitáfio nenhum foi escrito
Nenhuma lagrima foi derramada
Não foi escrito nenhum discurso
Não houve aquele olhar indeciso
Entre bendito e amaldiçoado
Os homens, simplesmente,
Deixaram a vida passar
O amor invernado vai ficar
A felicidade sempre ausente
O dia a dia a correr
Sua rotina banal
Sem uma palavra fraternal
Nenhum abraço, nenhum querer
O sorriso foi morto
Pelo homem, numa ação descabida
Foi morta com ele a vida
Ficamos todos sem destino
Esquecendo o tempo de menino
Não temos um seguro porto
MAGNO ASSIS em " EU SONHO..."
RECONHECIMENTO
Não conheço nada da vida
À minha volta, sem se mostrar,
Um outro eu sobrevive.
Eu não o conheço.
O segredo da vida pode estar
Numa palavra que digo
Ou em ficar calado
No abrigo.
Não conheço nada de mim.
Meu interior é um labirinto
Onde minha alma se perdeu.
O meu inconsciente confunde
Com o consciente a realidade.
Sou vários
E não sou nenhum
Há tantas verdades desconhecidas
Nem em toda eternidade poderei
reconhecê-las.
Mas como o tempo é escasso
Sendo a vida um misero segundo...
Não conheço nada do nada
Simples suposições
Pensamentos exteriorizados no cotidiano.
Poderia ser outra a realidade
Ser outra a verdade
E talvez seja.
Quem sabe ?!!!
MAGNO ASSIS em " EU SONHO..."
ROTINA
Música suave em minha existência
Perfume agradável de rosas.
Suspiro...
Ter você ao meu lado
É estar no paraíso.
Admiro...
Sua beleza escultural
Sua simplicidade racional.
Indecifrável...
Seus misteriosos atrativos
As curvas perigosas do seu corpo.
Adormeço...
E sonho com você.
Magno Assis
em " EU SONHO..."
terça-feira, 24 de julho de 2018
PRIMEIRA VEZ
Numa manhã de sol
Encontrei-te
E no primeiro olhar que trocamos
Amei-te
O amor foi crescendo
E floresceu
Tornou-se um jardim de belas cores
Que nossos sonhos percorrem
Os pássaros cantando
A mais agradável das sinfonias
E a tudo contaminando
Ganhamos o mundo da felicidade
De quem conheceu a beleza do amor
Esse amor puro e inocente, mesmo
Incoerente.
Como todo sentimento
Que a gente se expressa
Num único olhar.
Magno Assis
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