quarta-feira, 9 de agosto de 2017


      POEMAS DO AUTO EXÍLIO





POEMA 1



Nos galhos sem folhas

Outono pousa suas asas

Nas vastidão do campo

Na imensidão do espaço.

O ser solitário

Procura em vão um abraço.

Não sabe onde encontra-lo.

E a primavera que demora

A florir nos campos

A colorir de verde os galhos

A alegrar o coração hibernado.









Poema 2





Sou estrangeiro

Em minha própria terra.

Em cada rosto um inimigo

A declarar-me guerra.

Me auto exílio ...

Procuro abrigo em terras distantes

Mesmo sem saber o futuro

Que me aguarda.

Não há motivo para o medo.

Em cada canto do país estrangeiro

Há um sorriso de recepção

Um “ bom dia” como mensageiro

E em cada rosto um irmão.

É só deixar se contagiar

Pelo poema que existe no ar.

                             Magno Assis

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