INÚTIL
Não vou dizer mais nada.
Que as palavras se calam
Para sempre
Dobradas em meu bolso.
Existe agora
A hora
Que em cada segundo
É dor
E nos lamentos dos
ponteiros
Desconhece
A longa estrada à frente
Ou a cama disponível na
morte
Não tenho mais passos
Somente espaços vazios
Cães vadios
Que não ladram para a lua
Só tenho a rua
E a esquina
Que ao nada se destina.
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