terça-feira, 24 de janeiro de 2017




 

     ELÓGIO NÚMERO 4



                                                





Os sonhos vermelhos

Negros se transformaram

Nas longas estradas dos mistérios

Nos disfarces, nas mascaras





Nenhuma perola encontrada

Nestes mares de pensamentos

Palavras distorcidas e caladas

Nada mais



Viver não é distinguir

Realidade, sonho, ilusão

Não saber repartir

Nos quereres a arte



Quem não sonha não realiza

Quem não realiza desconhece a ilusão

Levar para além da mente

As velhas canções.









                   MINAS GERAIS





Muitos escrevem sobre Minas

Muitos falam de Minas

Uns até cantam canções

Que elogiam Minas

Mas para conhecer Minas

Mais que ter nascido em Minas

É preciso viver Minas

Percorrer as montanhas de Minas

Caminhar por suas vielas e vilas

Decorar a arte de Aleijadinho

À luz das idéias dos inconfidentes

Se reconhecer na poesia de  Drummond

Viajando nas veredas de Guimarães Rosa

Só reconhecendo os limites humanos

Nos vôos impossíveis de Santos Dummont

Minas é assim espinho e flor

Um Belo Horizonte para toda a humanidade

Bálsamo que cura da alma qualquer dor

Por isso Minas criaram asas

E tornou-se parte do infinito

Minas é mais que nação

Minas é a estação

De onde partem os trens

De todas as histórias

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