ELÓGIO NÚMERO 4
Os sonhos vermelhos
Negros se transformaram
Nas longas estradas dos mistérios
Nos disfarces, nas mascaras
Nenhuma perola encontrada
Nestes mares de pensamentos
Palavras distorcidas e caladas
Nada mais
Viver não é distinguir
Realidade, sonho, ilusão
Não saber repartir
Nos quereres a arte
Quem não sonha não realiza
Quem não realiza desconhece a ilusão
Levar para além da mente
As velhas canções.
MINAS
GERAIS
Muitos escrevem sobre Minas
Muitos falam de Minas
Uns até cantam canções
Que elogiam Minas
Mas para conhecer Minas
Mais que ter nascido em Minas
É preciso viver Minas
Percorrer as montanhas de Minas
Caminhar por suas vielas e vilas
Decorar a arte de Aleijadinho
À luz das idéias dos inconfidentes
Se reconhecer na poesia de Drummond
Viajando nas veredas de Guimarães
Rosa
Só reconhecendo os limites humanos
Nos vôos impossíveis de Santos
Dummont
Minas é assim espinho e flor
Um Belo Horizonte para toda a
humanidade
Bálsamo que cura da alma qualquer
dor
Por isso Minas criaram asas
E tornou-se parte do infinito
Minas é mais que nação
Minas é a estação
De onde partem os trens
De todas as histórias
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