quarta-feira, 27 de julho de 2016


QUASE SANTO






Desculpe-me Pablo por este sacrilégio

Colocar teu nome em meu filho primogênito



Meu deus da juventude, deus comunista da poesia

A ti oro toda vez que olho

Meu filho, com carinho.



Ah! Esse nome tão divino e régio

Na boca deste homem inútil

E nada santo



Culpado sou de tamanha heresia

Mas nós, os hereges, sabemos

Caminhar sobre espinhos.



Perdoe-me Pablo por este sacrilégio

Colocar teu nome em meu filho primogênito.

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