domingo, 17 de abril de 2016




TEMPESTADE




Trago dentro de mim um desespero infindo

Um desespero maior que Minas, maior que o mundo

Nem fome, nem quereres, nem desastres me sensibilizam.

Em meio à violência banal

Não há nada que faça um coração sorrir.

Eva nunca foi Alice!

Nas centenas de  países

Todas as rainhas estão loucas.

Nenhum ser chegará de Capela

Para que Atlântida se faça real

E se acabe com esta vida de gado

Na fila do matadouro.

Mesmo que a natureza viva a gritar comigo

Esse desespero encontra alimento e abrigo

E não se desfaz

Apenas muda sua forma

Areia no deserto em dia de tempestade.

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